Uma recuperação econômica olímpica para o Brasil?

Com o Memorial Day, o início não oficial do verão, ao virar da esquina, todos os olhos se voltarão para o sul, para o Brasil e os Jogos Olímpicos. Embora todos esperem que os jogos sejam um sucesso para o país anfitrião, a economia brasileira e a indústria de viagens de negócios passaram recentemente por um período proverbial e a previsão permanece marcadamente pessimista para o curto prazo. Esta é uma das principais conclusões do Perspectiva do GBTA BTI™ – Brasil 2016 H1 relatório que foi lançado hoje e patrocinado pela Visa, Inc.

O novo relatório rebaixou as viagens de negócios no Brasil pela quarta vez consecutiva, com os gastos totais de negócios no Brasil previstos para diminuir 8,5% este ano. Embora a última previsão mencione vários factores que estão a afectar negativamente as viagens de negócios em todo o país, há também um optimismo cauteloso de que 2016 será o ponto mais baixo das viagens de negócios antes de uma recuperação modesta em 2017.

Antes dos Jogos, o Brasil enfrenta um momento de recessão interna, crescimento global lento, preços mais baixos das commodities, infraestrutura subdesenvolvida e inúmeras outras preocupações que afetam a economia brasileira. O clima de viagens de negócios também está sentindo todas essas pressões – com o único sinal de otimismo sendo que 2016 será o nível mais baixo para a economia brasileira antes que o país veja um aumento modesto.

As perspectivas económicas do Brasil continuam a piorar à medida que o país tenta resistir à tempestade perfeita de actividade doméstica em queda livre, crescimento global fraco, inflação elevada, deterioração das condições fiscais e um clima político incerto – tudo isto com o início dos Jogos Olímpicos no início de Agosto a aproximar-se. O PIB do quarto trimestre produziu o pior resultado anual desde 1991. Apesar de todos os seus desafios, o Brasil permanece entre os dez principais mercados globais de viagens de negócios, embora possa não permanecer lá por muito mais tempo.

Algumas outras descobertas importantes do Perspectiva do GBTA BTI™ – Brasil 2016 H1 incluir:

  • Prevê-se que o PIB brasileiro diminua -3,0% este ano, seguido de um aumento anémico de 1,3% em 2017.
  • As viagens domésticas de negócios no Brasil continuam a ser as mais atingidas pela recessão brasileira. A recessão foi pontuada por recentes turbulências políticas. Além disso, a infra-estrutura deficiente, os elevados níveis de dívida pública e uma pesada carga fiscal obscurecem as perspectivas de longo prazo para as viagens domésticas de negócios no Brasil.
  • A economia brasileira também continua a sofrer de problemas de longo prazo, especificamente, níveis extremamente elevados de dívida pública e burocracia, uma estrutura fiscal excessivamente onerosa e infra-estruturas deficientes que levaram a problemas de competitividade.
  • O Brasil continua em último lugar entre os 15 principais mercados de viagens de negócios em qualidade de infraestrutura geral.
  • Dados os desafios económicos e políticos do país, a confiança empresarial permanece em mínimos históricos. O Índice de Confiança Empresarial divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) atingiu 36,2 em abril, um claro sinal de pessimismo empresarial (50 representa neutralidade).

Em termos de viagens de negócios dentro do Brasil, os gastos com viagens de negócios originadas no Brasil totalizaram $30,5 bilhões de dólares em 2015, uma queda de -4,1% em relação aos níveis de 2014. A previsão rebaixada coincide com o mergulho do Brasil na recessão, com a economia contraindo -3,8% no ano passado – a maior contração em 25 anos.

Embora esses números pintem um quadro pessimista do estado da economia brasileira em geral e das viagens de negócios especificamente, as consequências da atual situação política, um aumento nos preços das commodities e/ou uma Olimpíada de verão bem-sucedida poderiam ajudar a melhorar as previsões, embora todos esses fatores permanecem desconhecidos neste momento. Mesmo que o Brasil produza Jogos Olímpicos de sucesso, o último relatório do IPV indica que os Jogos Olímpicos terão pouco ou nenhum efeito na previsão de viagens de negócios, uma vez que os viajantes de negócios provavelmente reagendarão as suas viagens para não serem apanhados nos Jogos. No entanto, as melhorias econômicas e de infraestrutura que os Jogos poderão gerar para o Brasil significam que as viagens de negócios por todo o país serão muito mais atrativas no futuro próximo.

 

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